quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Homicídios aumentam 15,2% na cidade de São Paulo

Os índices de violência em São Paulo se superam a cada novo levantamento apresentado. Na capital as altas são ainda maiores segundo os recentes dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado referente ao mês de agosto e pelo visto os únicos a não enxergar a caótica situação, são os representantes do governo tucano.
Só na cidade de São Paulo o índice de homicídios dolosos (com intenção de matar) subiu 15,2% em chegando a 106 casos, 14 a mais se comparado com o mesmo período do ano passado. O estado teve um aumento de 8,6%, chegando a 391 casos.
Comparando o acumulado de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2011, também há registro de aumento no número de homicídios dolosos.
Na cidade o aumento foi de 15,4% com 785 casos, 105 a mais que no acumulado de janeiro a agosto de 2011. No Estado, os casos cresceram 6,3%, chegando a 2.924 registros, com 3.109 vítimas - em uma ocorrência pode haver mais de uma pessoa morta, 174 a mais que no mesmo período do ano passado.
Os comentários sobre a situação da criminalidade no estado, geram no mínimo, indignação àqueles que escutam. Segundo o Chefe da Polícia Civil, delegado Marcos Carneiro Lima, “o problema é que vivemos numa sociedade violenta e precisamos melhorar a qualidade da investigação para punir os criminosos e mostrar que o crime não compensa”.
Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que incentiva uma política cada vez mais truculenta na Polícia Militar, onde “quem não reage, vive”, tenta mostrar um estado bem diferente daquele que se vê nas ruas. Talvez inspirado pela campanha do tucano José Serra à Prefeitura, onde a cidade é uma maravilha e os problemas são todos intriga da oposição.
“O secretário de Segurança Pública já respondeu que há muita lenda (sobre o crime organizado)”, disse Alckmin, sobre um levantamento de bens de propriedade de membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), divulgado nesta semana.
Em média, mais de 13 pessoas foram assassinadas por dia no Estado em agosto.
No primeiro semestre, em meio a uma escalada de violência no Estado, os homicídios subiram 21,8%.
Em agosto de 2011 aconteceram 14 casos de latrocínio no Estado, contra 24 no mesmo mês deste ano, evidenciando um aumento de 71,4%. Com relação ao número de vítimas de latrocínio, o aumento foi de 75% de 16 para 28.
Já os estupros aumentaram 31,8%, de 898 para 1.184 casos —mais de 38 estupros por dia no Estado. Na capital paulista o aumento de estupros foi 33,2% maior, passando dos já absurdos 223 para 297.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Coreia Popular amplia para 12 anos a educação fundamental gratuita

A Assembleia Nacional Popular da República Popular Democrática da Coreia reunida na última terça-feira (25) aprovou uma proposta de lei apresentada pelo Deputado Choe Thae Bok instituindo a educação obrigatória gratuita de 12 graus em todo o território nacional.
Até aqui o ensino obrigatório geral era de 11 anos e a mudança corresponde ao desenvolvimento da nova etapa elevada do sistema de ensino médio em geral proporcionado pelo governo da RPDC a toda a população.
O ensino sistemático gratuito de 12 graus, que abarca a educação pré-escolar de um ano, o ensino primário de cinco anos, o ensino secundário básico de três anos e o ensino secundário superior de três anos, aperfeiçoará a educação média geral para as novas gerações dando-lhes os conhecimentos gerais básicos e técnicos modernos.
“É preciso fixar corretamente e cumprir estritamente a ordem e as etapas do trabalho. Importante tarefa é compor bem os conteúdos da educação e melhorar os métodos didáticos”, diz o informe apresentado pelo deputado Choe Thae Bok e complementa: “Deve-se dar importância em oferecer aos alunos os conhecimentos gerais básicos da matemática, física, química, biologia e outros ramos das ciências básicas e intensificar a educação da tecnologia da computação e a de línguas estrangeiras além de buscar e introduzir métodos de exames capazes de avaliar corretamente a capacidade dos alunos.
“Todas as escolas”, prossegue o informe, “devem dinamizar o trabalho para informatizar, a educação, as experiências, a administração docente e formar network entre o Comitê de Educação e as instituições docentes de todo o país para que os funcionários docentes e os alunos possam obter a tempo as informações necessárias ao trabalho docente. É preciso fortalecer as filas dos mestres, responsáveis diretos pela educação, e elevar o nível e o papel deles mesmos, aumentar os investimentos estatais sobre o setor e assegurar as condições de educação é uma importante garantia para aplicar com sucesso o ensino obrigatório de 12 graus.”
O governo da RPDC decretou em 1956 o ensino primário obrigatório. Em 1957 o ensino secundário obrigatório, em 1967, de forma particular e autóctone, o ensino técnico obrigatório gratuito de 9 anos que possibilitou combinar o ensino secundário geral com a educação técnica básica e a educação para o trabalho produtivo. Em 1972 aplicou pela primeira vez no mundo o ensino obrigatório geral de 11 anos.
O informe reconhece que “graças às proezas e contribuições dos cientistas e jovens da nova geração que cresceram sobre o sistema da educação obrigatória de 11 anos a RPDC converteu-se em prestigiosa potência militar com dissuasório nuclear e país fabricante e lançador de satélites artificiais, introduziu-se em vários domínios da economia nacional a tecnologia CNC ao estilo coreano e o sistema de produção flexível e se levantaram as moderna bases autóctones da industria pesada e ligeira e muitas criações monumentais na construção de um Estado próspero socialista”.

O que está em jogo na disputa China-Japão

RAFAEL POCH*

O cerco militar à China está no centro do conflito entre Pequim e Tóquio pelas ilhas Diaoyu.
A disputa entre China e Japão pelas ilhotas Diaoyu/Senkaku não é um capricho escapista do governo chinês ante uma conjuntura, econômica e política complicada por um crescimento retardado, por escândalos como o do caído dirigente de Chongqing, Bo Xilai, e pela próxima mudança do grupo dirigente no XVIII Congresso do Partido. Tudo isso é real porém influi muito menos do que sugere a maioria das análises publicadas até agora. Se trata de outra coisa: da terceira Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982, UNCLOS, por sua sigla em inglês.
Desequilíbrios de uma convenção
Este acordo atribui status de “zona econômica exclusiva” às zonas marítimas situadas entre 370 e até 650 quilômetros ao redor do território insular de um país. Graças à sua soberania sobre toda uma cadeia de ilhas, ilhotas e rochas do Pacífico (Izu, Ogasawara, Okinotorishima, Minami) situadas até quase 2.000 quilômetros de distância de Tóquio, o Japão tem direitos sobre uma enorme “zona econômica exclusiva” marítima de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, a nona maior do mundo. China, cuja orla é maior que a japonesa, tem somente 880.000 quilômetros quadrados e ocupa a 31ª colocação entre Maldivas e Somália.
Se se observa o mapa que resulta da aplicação da UNCLOS, se comprovará que a China está literalmente aprisionada em sua orla marítima. Como explica o professor australiano Gavan McCormack, essa situação resulta da combinação das zonas marítimas de Filipinas, Estados Unidos (através de seu controle de Guam, Palau, Carolinas e outras ilhas), Japão e Coreia. Este mapa não é somente econômico, mas geopolítico, quer dizer tem um forte componente militar.
Prender o rival
A chave é o crescente cerco militar do qual a China é objeto. O grosso da atenção e o deslocamento militar de Estados Unidos fora do Golfo Pérsico já está instalado no Pacífico Ocidental contra a China. A administração Obama anunciou há pouco que nos próximos anos 60% da marinha de guerra dos EUA se deslocará ao redor da China. Enviarão seis porta-aviões, mais submarinos nucleares, meios antissubmarinos e de guerra eletrônica. Esse movimento inclui escudos antimísseis “contra a Coreia do Norte”, que na realidade estão orientados para anular o modesto arsenal nuclear chinês, o regresso dos bombardeiros estratégicos à base de Guam, e à reconstrução das alianças militares com os países da região, cujo suporte é a aliança militar com o Japão.
Disputar a soberania do grupo de ilhas Diaoyu/Senkaku é para a China a única forma de romper esse bloqueio e dispor de um corredor de saída até águas internacionais. Não é somente uma questão de recursos. Como disse McCormack, “a combinação da propriedade japoneses de amplas zonas oceânicas e sua aliança subalterna com o desenho estratégico dos Estados Unidos para a região, significa uma séria desvantagem e risco para a China”.
A UNCLOS estabelece que as ilhotas e arrecifes incapazes de sustentar população ou vida econômica por si mesmos, não podem ter estatuto de zona econômica exclusiva. É o caso de muitas rochas japonesas. Em Okinotorishima, por exemplo, Tokio mantém literalmente flutuando o arrecife, gastando dinheiro em proteções e barreiras que o mantenham por cima do nível do mar. A discussão histórica é complicada.
Soberania disputada
A alegada soberania japonesa sobre Diaoyu/Senkaku data de 1895, algo posterior à incorporação do arquipélago de Okinawa (Ryukyu). Pero Ryukyu foi durante séculos um reino insular tributário da China e parece que em 1893 a imperatriz chinesa Cixi fez uso de sua soberania numa concessão de três ilhotas do grupo à família de um seus ministros, Sheng Xuanhuai. Em todo caso, que a própria marinha de guerra japonesa siga se referindo a duas das ilhas do grupo por seu nome chinês (“Huangwei” y “Chiwei”) e não pelo japonês (“Kuba” y “Taisho”) é significativo.
Por razões óbvias descritas acima o governo chinês tem mobilizado a sua opinião pública. Considerar que a população chinesa é um mero marionete dos desígnios de seu governo é não entender a China atual. O rancor histórico japonês da opinião pública chinesa é completamente racional desde o ponto de vista da memória da matança de talvez 20 milhões de chineses na guerra mundial na Ásia Oriental, frente à qual o Japão mantém uma atitude manifestamente ambígua. Nas manifestações antijaponeses de Shenzhen se ouviram consignas como, “Abaixo o Exército de Libertação Popular” em reprovação ao fato de Pequim não enviar a marinha de guerra ao lugar. Os governantes chineses têm que permitir de vez em quando que a caldeira da indignação popular chinesa desabafe, que transborda e supera em muito o sempre prudente e pragmático cálculo, porém tiveram que apertar o freio.
Substância inflamável
“A violência não pode ser tolerada unicamente porque o protesto seja contra o Japão, a China vai ter mais conflitos no futuro aos quais precisará responder com os meios adequados para ganhar o respeito de nossos concorrentes”, assinalava um editorial de Global Times, uma publicação chinesa bastante incisiva em temas internacionais. O governo chinês leva anos propondo ao Japão soluções de exploração conjunta dos recursos nos territórios disputados.
O Japão tem litígios insulares com todos os seus vizinhos. Com a Coreia pela ilha de Dokdo/Takeshima e com a Rússia pelas Kuriles, porém é com a China onde há uma substância mais inflamável. No Japão os setores ultras representados pelo governador de Tóquio, Shintaro Ishihara, têm grande influência e capacidade de mobilização neste assunto. A provocadora ideia de “nacionalizar” as ilhas mediante a compra de algumas delas a seus “proprietarios” japoneses partiu de Ishihara, um negacionista do holocausto chinês e apologista do imperialismo japonês na Ásia.
Quanto à pretensa mediação dos Estados Unidos neste conflito, é pouco crível. Enquanto o secretário de Defesa, Leon Panetta, chama à calma e a evitar uma escalada, Washington afirma com toda clareza sua aliança militar com Tóquio e proclama sua disposição de entrar em conflito militar com a China para apoiar a reclamação japonesa.
*Correspondente de La Vanguardia em Berlim

Ataque a consulado desmonta operações da CIA na Líbia, reconhece New York Times

O ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi, em que foi morto o embaixador Chris Stevens, desmontou a estrutura da CIA na Líbia, revelou o “New York Times”. “É uma perda catastrófica”, afirmou uma fonte ao NYT. “Fecharam nossos olhos”.
O jornal dos EUA assinalou que “o tamanho da missão americana em Benghazi surpreendeu alguns dirigentes do país norte-africano. O vice-premier, Mustafa Abushagour, foi citado pelo “Wall Street Journal” na semana passada dizendo que soube de algumas delicadas operações americanas em Benghazi só depois do ataque contra o consulado. Isto, em grande parte, por causa do número notável de americanos que apareceu no aeroporto da cidade para irem embora”.
No dia seguinte ao ataque, o “El País” espanhol, compilando jornais norte-americanos, chegou ao número de 37 norte-americanos retirados do consulado e anexos, depois de “12 horas de batalha”. O ataque começara “às sete da tarde” e “amanhecia em Benghazi, eram sete da manhã, quando os sobreviventes chegaram ao aeroporto e abandonaram, junto com os caídos, a cidade”.
Conforme o NYT, entre os retirados às pressas de Benghazi após o ataque ao consulado “estão dez agentes e contratados da CIA, que desempenhavam um papel crucial de vigilância e compilação de informações sobre o amplo número de grupos armados ao redor da cidade”.
Ainda segundo o jornal, as operações da CIA incluíam “busca por armas roubadas de arsenais das forças de Kadafi”, “esforços para pôr em segurança as armas químicas no país” e o “treinamento de novos serviços de inteligência da Líbia”, como explicado por “funcionários do governo de Washington”. Ao que tudo indica, esses “dez” do NYT estão altamente subavaliados. Informa o jornal que os agentes ocupavam dois dos quatro prédios do anexo a menos de um quilômetro do consulado.
No dia do ataque, um ministro fantoche atribuiu a ação a “remanescentes de Kadafi” e um militar capacho, que participou do resgate dos espiões acossados, garantiu que os tiros de morteiro dados contra a expedição e contra o prédio do anexo não era de “revolucionários comuns”, isto é, de fantoches, mas de gente com capacitação militar. O Pentágono admitiu tratar-se de um “ataque complexo”. Posteriormente, foi engendrada a explicação de que seriam “milícias islâmicas extremistas”, versão mais palatável aos capachos e a Washington. O consulado já havia sido atacado com granadas em junho. 
www.horadopovo.com.br
 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Energia: o Brasil precisa se livrar da privatização tucana

Ampliar e diversificar a base energética do país
A base do desenvolvimento e do crescimento é a energia. Por isso, presidentes como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e outros dedicaram seus esforços para aumentar a oferta de energia elétrica – consequentemente, baixando seu custo e preço com esse aumento da oferta pelo Estado.
O peculiar no anúncio de terça-feira, da Medida Provisória nº 579, que o ministro Lobão chamou de “revolução” na energia, é que nada disso existe. Não é um plano de ampliação da base energética do país – aumento na geração de energia, desenvolvimento da transmissão ou extensão da distribuição -, apesar da evidente necessidade de irmos além das usinas hidrelétricas já projetadas. Também não é um plano para diversificar a matriz energética, aumentando a participação de outras fontes além da hidrelétrica. E, da mesma forma, não é um plano para tornar mais eficiente o uso da eletricidade.
Talvez seja porque Getúlio, Juscelino, Jango - ou até Geisel - tinham uma política industrial e um objetivo claro de crescimento da economia do país. Já o atual governo, encontra algumas dificuldades nessas questões – e o ministro Lobão, quanto às revoluções, a julgar pela última que ele apoiou, não tem na cabeça um bom modelo...
Se o leitor não entendeu ainda do que se trata, fique tranquilo (quer dizer, mais ou menos). Quase ninguém entendeu, inclusive a maioria dos que se esmeraram em elogiar a medida. Para nós, também não foi fácil. Como, desde a época dos tucanos, os regulamentos do setor elétrico parecem escritos em etrusco ou sumério - exigindo, além disso, altos conhecimentos de Cálculo, Topologia, e, talvez, Mecânica Quântica – nossos especialistas tentaram fazer um resumo, em português, da MP nº 579:
1) Nas concessões de energia elétrica, terminado o seu prazo, a lei determina a reversão dos bens vinculados à prestação do serviço para a União.
2) O que o governo fez foi anunciar a antecipação da prorrogação dos contratos de geração, transmissão e distribuição de energia que venciam de 2015 a 2017, e a indenização às empresas por seus investimentos, com pagamento à vista. Assim, para prorrogar o contrato, elas terão que renegociar as condições que implicam no preço da energia. A queda nesse preço seria produto dessa indenização (para que o custo dos investimentos não seja incluído na conta do consumidor), de um corte nos encargos “setoriais” (fontes de financiamento específicas do setor elétrico) e de um corte nas tarifas de geração e transmissão.
3) Os contratos de geração de energia que vencem entre 2015 e 2017 são 20 (aproximadamente 20% da capacidade de geração do país). A maior parte dessa geração (97,91%) é realizada por empresas estatais (Grupo Eletrobrás, empresas estaduais e municipais) – e somente 2,09% por empresas privadas.
4) Os contratos de transmissão de energia são nove (67%  ca do Sistema Interligado Nacional – SIN). Todas as empresas são estatais (federais ou estaduais), com exceção de uma, a CTEEP.
5) Os contratos de distribuição de energia elétrica são  44 (35% do mercado) com término entre 2015 e 2016. É na distribuição que se concentra a maioria das empresas privadas (geralmente, privatizadas) e externas, embora existam várias estatais. A MP nº 579 exclui as distribuidoras da reversão de bens à União e não estabelece condições para a renovação de seus contratos, exceto as condições dos próprios contratos (v. art. 7º), ao contrário da geração e transmissão. Segundo o governo, a legislação atual já estabelece um mecanismo de revisão tarifária para as distribuidoras, além do que seriam procedidas outras revisões, em caráter extraordinário.
6) Por consequência, a maioria das empresas indenizadas à vista serão estatais. Mas a redução da tarifa final também dependerá, fundamentalmente, de um corte nas tarifas das estatais de geração e transmissão de energia. As distribuidoras passaram incólumes, apenas sujeitas à revisão tarifária, mas sem exigência de condições para a prorrogação. Foi essa diferença de tratamento que a diretoria da CEMIG chamou “falta de isonomia”, ameaçando recorrer à Justiça.
Resumindo o resumo:
Para que os preços da energia caiam, o governo indenizou os investimentos das geradoras que pertencem a ele mesmo (para que o pagamento desses investimentos não aumente a “tarifa média de geração”) e das transmissoras de energia, que, com uma exceção, pertencem também a ele mesmo (para diminuir a Receita Anual Permitida das transmissoras, com a eliminação do pagamento dos investimentos).
O governo não mexeu nos impostos sobre a energia (PIS/Cofins e ICMS, que é estadual), mas acabou com dois tributos que financiavam a expansão do sistema elétrico – a Reserva Global de Reversão (RGR) foi extinta para as distribuidoras e a Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC). Outro tributo foi reduzido em 75%: a Conta de Desenvolvimento Energética (CDE).
Além disso, o governo aportará um montante de R$ 3,3 bilhões anuais do Tesouro, pois, com a extinção da RGR, da CCC e, parcialmente, da CDE, programas como o Luz para Todos e a Tarifa Social ficaram sem verba, pois as empresas deixaram de contribuir com esses fundos.
Depois dessa ginástica toda, que faria inveja ao professor Oswaldo Diniz Magalhães (aquele que tem estátua na Praça Saenz Peña, lá na Tijuca), forçoso é reconhecer que as distribuidoras saíram por cima – praticamente toda a queda nas tarifas de energia será à custa do setor estatal.
O preço extorsivo da energia, tem razão a presidente Dilma, é uma consequência direta daquela privatização tucana que acabou no apagão. Esse preço extorsivo, realmente, é um obstáculo para o nosso crescimento. Mas, se é assim, por que reforçar, exatamente, o lado privatizado do setor? É preciso acabar com as desgraças daquela época, a começar por esse “mercado livre” que é especulação clandestina (ninguém sabe os valores negociados), mas influencia sempre as estrambólicas fórmulas da Aneel para o “mercado cativo”, pois é óbvio que os preços deste têm que ser ainda mais altos que naquele, para que a negociata com a energia prossiga, ao arrepio do desenvolvimento e da segurança nacional.
A ideia de que o mercado vai resolver nossos problemas de energia é tão absurda que já estava fora de moda na época de Wenceslau Braz – mais ainda hoje, quando há monopólios ferozes que tornam esse “mercado” uma ficção, que seria uma palhaçada, se não fosse um golpe contra o país.
No entanto, o que se anunciou na terça-feira foi exatamente outra tentativa pseudo-mercadista desse tipo, às custas do Estado. Quanto a ampliar o sistema energético para nos possibilitar maior crescimento em pouco tempo, nem palavra nem vírgula.
O presidente da Eletrobrás declarou que não foi consultado a respeito dessa MP – o que é interessante, pois o ministro Lobão declarou que desde 2008 está coordenando um grupo formado, além dele, pela Casa Civil, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pela Aneel e pelos Ministérios da Fazenda, do Planejamento e do Desenvolvimento, com a participação de “doze associações representantes dos agentes setoriais e dos consumidores de energia elétrica”. Por que será que não sobrou lugar para a Eletrobrás? Por que o governo gastou dinheiro contratando uma empresa de consultoria, a PSR, para “formatar” a MP? Será porque a Eletrobrás era a vítima?
CARLOS LOPES

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Índice da ONU coloca Venezuela como país menos desigual na AL


O informe sobre as nações latino-americanas realizado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) assinalou que a Venezuela é o país com menor desigualdade entre ricos e pobres da América Latina.
O informe, divulgado no Rio de Janeiro na terça-feira (21), informou que com base no índice de Gini a Venezuela e depois o Uruguai são os países menos desiguais da região. "A Venezuela, com 0,41 no índice de Gini, é o de menor iniquidade", indica o informe.
O índice, que mede a desigualdade na distribuição da renda em 187 países, varia de 0 a 1 – e a sociedade é menos desigual quanto mais ele se aproxima de zero.
Nesses países, a diferença de recursos entre o 20% mais rico e o mais pobre não supera 10 vezes, enquanto a média da América Latina é: "os 20% da população mais rica têm uma média de recursos per capita quase 20 vezes superior ao dos 20% das pessoas mais pobres".
O governo venezuelano, presidido por Hugo Chávez, tem como uma de suas metas principais a redução da pobreza extrema e a inclusão social, objetivos que vem alcançando, segundo as cifras oficiais, graças a criação de emprego, aumentos salariais, melhorias na educação e a saúde e aos programas sociais que desenvolve para as populações mais vulneráveis. Antes de Chávez assumir, em 1998, o mesmo índice, na Venezuela, era 0,495, portanto era um país que apresentava maior desigualdade que México, Uruguai, Guiana e Costa Rica.
Em contrapartida, entre os mais desiguais encontra-se o Brasil que, apesar da redução da pobreza nos últimos anos, situa-se atrás apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia, de acordo com relatório. 

O índice é parcial e não cobre todos os países. Cuba, que é na verdade o mais desigual entre os latino-americanos, por seu sistema socialista, não é avaliado pela ONU. 
Fonte HP

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

JMS: A MELHOR ESCOLA DO ACRE. UMA DAS MELHORES DO BRASIL


IDEB 2011 FOI DE 5,7 NOS ANOS FINAIS

Quero iniciar este texto agradecendo a Deus, pois tive sua proteção como diretor da Escola João Mariano da Silva do início do meu mandato em 2004 até o final em 2011. 
Quero pedir desculpas a meus filhos Lucas e Rebeca por não ter sido um pai tão presente, para poder me dedicar na direção da JMS durante os últimos 8 anos ajudando milhares de alunos a terem uma escola de qualidade.
Perdoo aqueles que sempre tentaram prejudicar meu mandato, esquecendo que estariam prejudicando os alunos e a comunidade do Taquari. 
Não tenho palavras para agradecer minha Coordenadora de Ensino, Eliete Maia, meu braço direito, esquerdo, cérebro e coração, pela sua dedicação, colaboração e contribuição. Tudo que precisei sempre estava a meu lado. Serei eternamente grato. Nunca te esquecerei.
Também quero agradecer aos funcionários que, mesmo na pressão, sempre estiveram comigo e apostaram nas minhas ideias e também deram muitas sugestões.
Também quero agradecer ao empenho dos professores, pois destes eu literalmente tirei sangue para construir a melhor escola do Acre.
Hoje podemos comemorar, pois somos a melhor escola do Acer e uma das melhores do Brasil nos anos finais. Isso serve pra mostrar que a política educacional do governo do Acre está no caminho certo e que se todos quisermos faremos do Acre o melhor lugar para se viver.
Por último, mas em especial, nunca esquecerei dos alunos maravilhosos e dedicados, que se dedicaram para obterem esta nota.  Sem eles e por eles nada teria sido possível. Começaram comigo e saíram da escola comigo, fechando um período dourado.
Parabéns comunidade do Taquari, hoje todos estamos em festa. Parabéns Eliete, você tem o pepino de dirigir a melhor escola do Acre.
Valeu a pena. E como valeu.
Wilson Guimarães

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ben Ari, deputado israelense rasga Novo Testamento e o atira ao lixo


Diante das câmeras, o deputado israelense, Michael Ben Ari, rasgou um Novo Testamento e atirou-o no lixo.
A atitude de Ben Ari veio depois que o diretor de uma editora que produz livros religiosos cristãos em Israel enviou uma cópia a cada um dos 120 parlamentares do Knesset (parlamento unicameral israelense).
Ele se disse "ofendido" pois, como declarou, "o Novo Testamento é um livro abominável" que teria "promovido o assassinato de milhões de judeus durante a inquisição".
A intolerância de Ben Ari, ligando um livro que serve de base a dezenas de milhões de religiosos no mundo inteiro, a um período superado e a um fato ocorrido em uma região específica (Península Ibérica), é uma afronta a todos às dezenas de milhares de pessoas que professam a religião cristã em Israel a todos os que o fazem no mundo inteiro.
Uma intolerância gravíssima, pois apesar de minoritários em todos os países que residem (à exceção de Israel onde obtiveram uma maioria à força e pela expulsão de habitantes autóctones) os judeus podem hoje professar sua fé no mundo inteiro sem sofrerem perseguições religiosas.
Apesar disso, a reação dos demais membros do Knesset (que se levantariam em uníssono contra qualquer deputado, em qualquer lugar do mundo, que ousasse queimar os rolos da Torah - livro sagrado dos judeus) foi nenhuma ou muito suave.
O porta-voz do governo Mark Regev disse: "Lamentamos este comportamento e condenamos sem rodeios. Essa ação está em desacordo com os nossos valores e nossas tradições".
Regev aproveitou a lamentável agressão para mentir: "Israel é uma sociedade tolerante, mas temos tolerância zero para este tipo de ato desprezível e odioso". Mentira. Os cristãos, que em Israel e na Cisjordânia, fazem parte do povo palestino, são discriminados, têm o acesso a locais sagrados como as igrejas e a Via Sacra de Jerusalém, a igreja de Belém proibidos ou extremamente dificultados. O governo de Israel não só não tem tolerância zero para esse tipo de ato, como pratica agressões e discriminação contra os religiosos não judeus.
Muito ridícula foi a reação do presidente da Anti-Difamation League (ADL) que sugeriu que o deputado em vez de agir daquela forma deveria "chamar as autoridades competentes para investigar". Investigar o quê? O crime de distribuir material de uma crença não judaica aos parlamentares judeus?
Tzipi Hovotely, membro do partido governista do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, enviou um pedido ao presidente do Knesset, exigindo que seja proibida a distribuição de materiais missionários no país.
Que beleza... De fato, a única democracia do Oriente Médio...

Segurança de Serra agride repórter da Jovem Pan FM

Um segurança do candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, agrediu na terça-feira (24) com um soco e um chute o repórter André Guilherme Delgado Vieira, da rádio Jovem Pan FM, que fazia a cobertura da agenda do tucano. A confusão só não foi parar na delegacia porque o segurança foi retirado do local.
Serra concedia entrevista coletiva quando o segurança mandou que o repórter, que estava gravando as declarações, se afastasse. Diante da negativa do radialista, o segurança lhe deu um soco no braço. O repórter protestou e, depois, foi atingido por um chute na perna. Diante da agressão, o jornalista revidou e deu uma cabeçada no segurança. "Eu disse a ele que a Marcela - assessora de imprensa do Serra - ainda estava lá e que o candidato continuava falando e que eu iria continuar no local. De repente, levei um soco nas costas, na altura dos rins e uma agressão na virilha com algum objeto que não vi qual era. Ele ainda me deu um chute na canela. Como doeu muito, revidei e dei uma cabeçada nele", relatou o ocorrido o repórter.
André disse que ficou com medo depois do incidente. "Fiquei com medo, pois não sei se ele é PM e também porque revidei a agressão", declarou.
O segurança foi levado para dentro do carro da escolta do tucano e não quis se identificar, porém soube-se mais tarde que se chamava Issardi. O coordenador de comunicação da campanha de Serra, Fábio Portela, admitiu a truculência e telefonou para o repórter para tentar se desculpar pela agressão. O episódio está sendo visto como cerceamento à liberdade de imprensa. Não se pode esquecer que, no primeiro dia de campanha, Serra já havia chamado um eleitor de "bosta" durante uma caminhada da campanha.

sábado, 21 de julho de 2012

"Nunca poderemos compreender", diz Obama

Por Miguel Manso

O presidente Barack Obama pediu aos norte-americanos que o tiroteio seja “um lembrete” de que “estamos unidos como uma só família americana”. “Nós nunca poderemos compreender o que leva alguém a aterrorizar os demais seres humanos assim"
Pois Obama deveria compreender, e se ele não compreende ou não quer e acha que nós nunca poderemos compreender está errado. Não é tão difícil assim compreender a quem interessa a generalização do medo e do terror.
O imperialismo é fascista e o fascismo faz do terror de estado, e do terrorismo em geral, uma arma para manter e disseminar o medo para tornar a população presa fácil de um governo aparentemente forte. Esta sempre foi a principal arma e ação dos fascistas para impor à população a sua ditadura. A tentativa de legitimar um governo que decide quem e quando assassinar, qual guerra de rapina desencadear, um governo assassino intolerante, incapaz de conviver de forma pacífica com as diferentes nações, regimes sociais e econômicos. Banalizar o terror e impor o medo às populações que pretendem governar, fazer com que ele se sinta impotente e fraco faz parte da sua estratégia de dominação pela força.
Como o imperialismo e o fascismo são regimes políticos com pouquíssima base social ou quase nenhuma, fracos e impotentes para resolver os problemas do povo e conquistar seu apoio de forma democrática precisam fazer com que o povo se sinta fraco e indefeso para se apresentar como um governo forte para defender a população ameaçada.
Por isso não é fácil enfrentar a besta fascista já que eles não tem limites, ou pelo menos, procuram passar a ideia que não tem limites em sua violência. Mas se há algo que não ajuda o povo a lutar é se intimidar diante do cão raivoso.
Denunciar o terrorismo de estado americano e de seus dirigentes, desmascarar a banalização da violência e a intolerância fascista das corporações monopolistas e seu império, responsabilizá-lo pelas atrocidades contra as nações e seus povos, combater sua política genocida e de intromissão nos assuntos de cada nação. Defender a soberania e o direito a autodeterminação das nações e a amizade entre os povos é uma luta vital para toda a humanidade.

Neste dia do Amigo vamos defender a Amizade entre as Nações em luta contra o terror e o imperialismo fascista!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Veja arma fraude para acusar PT de instrumentalizar CPMI

A revista Veja tentou armar mais uma das suas, mas o resultado foi desastroso. A publicação ficou exposta ao ridículo depois de alardear em matéria de capa ter obtido um “documento” que teria sido produzido pelo PT como estratégia para a CPI do Cachoeira e foi desmascarada em uma falsificação grosseira.
O suposto “documento”, que a revista apresentou com pompa de “exclusividade”, não passa de um amontoado de recortes e reportagens de outras publicações impressas e blogs, como revelou a revista CartaCapital, comparando os fac-símiles mostrados por “Veja” com os textos originais – em matéria com o sugestivo título “Control C + Control Veja”, assinada por Cynara Menezes.
CartaCapital revelou, por exemplo, que o trecho “Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal” saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, reproduzido como está no original.
Cynara Menezes mostra que outro trecho do “documento” de “Veja” é reprodução do painel da “Folha de S. Paulo” de 14 de abril: “Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF”.
O “copiar colar” que a revista apresentou como “manual do PT para instrumentalizar a CPI” reproduz adiante o lead (abertura do texto com o fato essencial da matéria) de uma reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” de 28 de abril: “Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)”.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto (SP), negou a existência de um documento de orientação dos parlamentares do partido na CPI, assinalando que os documentos da liderança petista são assinados por ele. “A ‘Veja’ fala de um documento do PT, mas não tá assinado, é apócrifo”, disse. “Não existe. Ao contrário, a orientação dos deputados é apurar o crime organizado do Carlinhos Cachoeira”, reiterou.
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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Viagem de Gilmar e Demóstenes pela Europa ainda é um enigma

E acha normal carona em avião agenciado por bicheiro


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, procurou na terça-feira alguns jornalistas da Assessoria de Imprensa do STF para dar explicações sobre sua viagem à Berlim junto com Demóstenes Torres, hoje sabidamente um integrante da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira. Trechos dos documentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, mostram Cachoeira e o ex-vereador de Goiânia, Wladimir Garcez, arranjando, a pedido de Demóstenes, um avião em 23 de abril de 2011 para transportar o senador e um homem chamado “Gilmar” que viajava com ele, vindos de Berlim. Ao lado da transcrição da conversa onde era mencionado o “Gilmar”, a PF interroga: “Mendes?”
Indagado pelos repórteres sobre as notícias de que ele teria viajado num jato providenciado por Cachoeira e seus cúmplices, Gilmar ficou muito nervoso e sacou vários papéis que já estavam em seus bolsos para tentar provar que sua viagem a Berlim tinha sido “oficial”. A certa altura ele se traiu e deixou escapar: “Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião, se ele tivesse. Teria algo de anormal?”. A nós resta indagar: como assim excelência? Um bandido, chefe de quadrilha, providencia um avião para duas autoridades da República e o digno “magistrado” acha isso normal? Com tudo o que se sabe hoje - e Gilmar Mendes também sabe - sobre os crimes cometidos por Cachoeira/Demóstenes e sua quadrilha, como um membro do STF pode achar que não há problema em aceitar uma carona num avião arranjado por eles?
A pergunta, inclusive, não tinha sido se a viagem era oficial ou não. A viagem oficial existiu e foi aquela feita até Granada, na Espanha, onde Gilmar iria participar de um ato em homenagem a uma personalidade européia, e a volta de lá para o Brasil. Mas, a ida para Praga para se encontrar com Demóstenes e a viagem dos dois juntos, de trem, para Berlim, bem como a volta de Berlim para o Brasil, não eram oficiais. Permanece, portanto, até hoje um mistério sem explicação. Qual o motivo do encontro dos dois em Praga, na República Tcheca. E também por que a viagem de trem para Berlim? Qual o motivo deste encontro? Essas perguntas ainda não foram respondidas por Gilmar em suas seguidas entrevistas. Ele agrediu o ex-presidente Lula, o ex-presidente do STF, Nelson Jobim, e outros, mas não explicou nada. O Brasil quer saber mais detalhes sobre este misterioso encontro em Praga. É preciso que ele pare de ofender os outros e se explique para o país.
E, além do mais, convenhamos, com essa declaração de “sua excelência”, dizendo que não vê problema nenhum em usar um avião arranjado por Cachoeira, não há mais muita relevância em saber se a sua viagem de São Paulo à Brasília foi feita ou não no avião da quadrilha. Até porque Gilmar confessa que já fez outras duas viagens de avião à Goiânia, arranjadas por Demóstenes. E, que se saiba, Demóstenes não tem avião. Nessas viagens, Gilmar nem “sabe” quem foi que “forneceu” os aviões. Ele apenas pegou carona. E indaga aos repórteres se, ao pegar carona no avião arranjado por Demóstenes, isso significaria que ele estaria se associando aos seus “malfeitos?”. Ora. Com o que se sabe hoje sobre o gangsterismo de Cachoeira e Demóstenes, é evidente que sim. Mas Gilmar acha natural andar em avião de bandido e com bandidos.
Esse nervosismo todo e os ataques ao ex-presidente Lula e a Nelson Jobim mostram que Gilmar Mendes está muito preocupado com as revelações que vinham sendo feitas sobre a sua viagem à Alemanha. E mais ainda com as que poderão ainda ser feitas pela Polícia Federal. Afinal, sabe-se que faltam milhares de gravações ainda não estudadas pela PF e nem pela CPMI em curso.
Ele saiu acusando o ex-presidente da República de estar mal informado e de estar sendo “abastecido por bandidos e gângsteres”. Mas, tirando a cena, não parece ser por acaso que Gilmar vem falando tanto em bandidos e gângsteres. Quando era presidente do STF, ele se cercou do agente Jairo Martins para assessorá-lo informalmente no órgão. Jairo Martins era, então, e é até hoje, um bandido que ocupa a posição de braço direito do mafioso Carlos Cachoeira. Atualmente o “agente” contratado por Gilmar encontra-se preso junto com seu chefe, acusados, entre outras coisas, de formação de quadrilha. Esse tipo de gângster trabalhou para Gilmar Mendes.
Coincidentemente foi nessa época que surgiu a história do grampo sem áudio - que a desmoralizada revista Veja denunciou - que teria captado uma conversa entre Demóstenes e Gilmar Mendes. Essa farsa do grampo, que acabou derrubando o chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Paulo Lacerda, nunca foi esclarecida. Investigação da PF e da Abin concluíram pela inexistência do tal grampo. E os dois (Gilmar e Demóstenes) tentaram na época desestabilizar o governo Lula por conta dessa história ridícula. Depois, desmoralizada a farsa do grampo, Gilmar se saiu com essa: “Se a história não era verdadeira, era extremamente verossímil diante de todo aquele quadro” (Folha/UOL 24/03/2009).
Gilmar tem também uma enteada contratada - a seu pedido - no gabinete de quadrilheiro Demóstenes Torres. E, como todos se lembram, foi o próprio Gilmar Mendes que, em menos de 24 horas, deu dois habeas corpus para soltar o banqueiro mafioso, Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha da Polícia Federal.
SÉRGIO CRUZ
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Gilmar não passa no detector de mentiras, informa o UOL

De acordo com o portal UOL, do grupo Folha, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mentiu na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional da TV Globo, na noite de segunda-feira (28) em que atacou e fez acusações a Lula, dizendo que “inferiu” que o ex-presidente da República o tinha pressionado para não julgar a farsa do “mensalão”.
O UOL noticiou discretamente na terça-feira (29), em nota publicada às 18h14, que um teste de voz aplicado pelo perito Mauro Nadvorny, diretor-presidente da Truster Brasil, empresa especializada em análise de voz, detectou trechos “fraudulentos e suspeitos” na entrevista de Gilmar Mendes.
“Na análise de um total de 3 minutos de trechos da entrevista, foram detectadas 11 ocorrências de alto risco, cinco de provável risco e duas de baixo risco”, disse o perito. Nadvorny explicou que “alto risco é uma maneira de dizer que a pessoa está mentindo”.
A empresa de Nadvorny produz a tecnologia que detecta sinais de tensão, estresse, medo, embaraço e excitação em arquivos de voz, ou seja, um detector de mentiras.

terça-feira, 29 de maio de 2012

ENEM

Inscrições para a edição de 2012 estarão abertas até o dia 15 de junho


Os candidatos a vagas na educação superior pública têm prazo até as 23h59 de 15 de junho próximo para fazer a inscrição na edição de 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Feita apenas pela internet, a inscrição será confirmada após o pagamento da taxa, de R$ 35, até 20 de junho, por meio de guia de recolhimento da União (GRU) simples.

Aluno de escola pública que esteja concluindo o ensino médio e se declarar integrante de família de baixa renda está liberado do pagamento. O pedido de isenção deve ser feito no momento da inscrição, também pela internet.

As provas serão aplicadas em 3 e 4 de novembro, em todas as unidades da Federação, a partir das 13 horas (de Brasília). No primeiro dia, sábado, serão realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de quatro horas e meia. No domingo, os estudantes terão cinco horas e meia para fazer as de matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e a redação.

A divulgação do gabarito oficial, como estabelece o edital, está prevista para 7 de novembro. O resultado final do exame estará disponível para os estudantes a partir de 28 de dezembro.

Na página do Enem na internet o candidato pode fazer a inscrição e seguir, passo a passo, todo o procedimento e o calendário relativos ao exame.

Assessoria de Comunicação Social

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Inscrições para o exame começam nesta segunda

Enem


  Estudantes interessados em participar da edição 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão se inscrever no programa a partir das 10h da próxima segunda-feira, 28, até as 23h59 de 15 de junho, no horário oficial de Brasília. O cronograma do exame, que no ano passado teve 5,4 milhões de inscritos, foi anunciado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, 24. O edital para o exame será publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 25.

As inscrições para o exame custam R$ 35,00 e devem ser pagas até o dia 20 de junho, por meio de guia de recolhimento da União (GRU) simples, gerado no ato de inscrição. Caso contrário, a inscrição não será confirmada.

São isentos da taxa de inscrição alunos de escolas públicas que estejam concluindo o ensino médio em 2012. Para isso, sua escola deve estar cadastrada no censo escolar da educação básica e ele deve informá-la no ato da inscrição. Também estão isentos de pagamento aqueles que declararem carência socioeconômica (membros de família de baixa renda) ou estiverem em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O pedido de isenção do pagamento da taxa somente poderá ser feito por meio do sistema de inscrição.

A nota do Enem pode ser utilizada para o ingresso do participante em universidades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Também servirá para que o estudante se beneficie do Programa Universidade para Todos (ProUni), obtenha o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ou participe do programa Ciência Sem Fronteiras. Além disso, os participantes maiores de 18 anos que ainda não terminaram a escolarização básica podem participar do Enem e pleitear a certificação no ensino médio junto a uma das instituições que aderirem ao processo – secretarias estaduais de educação, os institutos federais e os centros federais. A lista das instituições certificadoras está no edital do Enem 2012.

Para o ministro da Educação, o exame é uma importante peça na política educacional brasileira.  “O Enem é peça estruturante do sistema de ensino superior do Brasil, porque na realidade ele é o grande instrumento de avaliação do mérito e desempenho dos alunos", disse. Mercadante destacou que um dos focos do Ministério da Educação é quanto à lisura do exame. A segurança do Enem passou de 1.200 itens para 3.439 itens.

Entre as mudanças para a edição 2012, estão a correção da redação, que passa a ter mais mecanismos de controle, e a nota mínima para certificação de conclusão de ensino médio, que passa de 400 para 450 pontos em cada área do conhecimento. Na redação está mantido o mínimo de 500 pontos.

Em 2011, o Enem envolveu mais de 400 mil pessoas em sua realização e as provas foram aplicadas em 140 mil salas de aula. Este ano a logística de distribuição das provas, que ficará a cargo dos correios, terá 9.728 rotas. O Enem é o segundo maior exame do gênero, atrás apenas do realizado na China.

As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro, em todas as unidades da federação, a partir das 13 horas, no horário de Brasília. No primeiro dia, sábado, serão realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de quatro horas e meia. No domingo, os estudantes terão cinco horas e meia para fazer as provas de matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e redação. O gabarito está previsto para o dia 7. O resultado final do exame estará disponível para os estudantes no dia 28 de dezembro.

Histórico – O Enem está inserido no conjunto de ações que pretendem melhorar o acesso e a permanência do estudante e a qualificação da educação superior brasileira. O exame foi criado em 1998 para avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica.

Em 2008, o Ministério da Educação propôs a utilização do Enem como instrumento para democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

Desde 2009, o Enem tem se fortalecido como uma prova de acesso às instituições de ensino superior, tanto públicas quanto privadas. Além disso, o Enem continua a ser critério de seleção de bolsas de estudo no Programa Universidade para Todos (ProUni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O Enem ainda promove a certificação de jovens e adultos no ensino médio.

Assessoria de Comunicação Social


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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ministério distribuirá tablets a professores do ensino médio

 

O ministro Mercadante destacou que a escola tem de acompanhar o processo de evolução da sociedade do conhecimento: “É muito importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa preparar essa nova geração para o uso de tecnologias da informação” (foto Fabiana Carvalho)O Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 150 milhões neste ano para a compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os equipamentos serão doados às escolas e entregues no segundo semestre.

O objetivo do projeto Educação Digital – Política para computadores interativos e tablets, anunciado pelo ministro Mercadante nesta quinta-feira, 2, é oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas para o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem.

Para o ministro, o mundo evolui em direção a uma sociedade do conhecimento e a escola tem que acompanhar esse processo. “É muito importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar, preparar essa nova geração para o uso de tecnologias da informação”, disse. Segundo o ministro, esse é um processo e o governo federal quer acelerar, sem atropelos. “É evidente que a tecnologia não é um objetivo em si, nada substitui a relação professor-aluno.”

A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo. “Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo professor.”

O projeto compreende o computador interativo - equipamento desenvolvido pelo MEC, que reúne projeção, computador, microfone, DVD, lousa e acesso à internet, e o tablet. Os computadores interativos já foram distribuídos para as escolas do ensino médio e no segundo semestre chegam os tablets. Esses tablets serão nos modelos de 7 ou 10 polegadas, bateria com duração de 6 horas, colorido, peso abaixo de 700 gramas, tela multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo, conteúdos pré-instalados, entre outras características.

Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo (equipamento com computador e projetor, ofertado pelo MEC aos estados e municípios), permitirão ao professor trabalhar os conteúdos disponíveis em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador.

Além de enviar equipamentos, o MEC oferece cursos de formação aos professores. Segundo Mercadante, mais de 300 mil professores já fizeram o curso do ProInfo, e agora os 600 mil que lecionam no ensino médio terão à disposição um curso de 360 horas para trabalhar com as novas mídias. A qualificação será feita pela rede de formadores do ProInfo, que já trabalha com especialistas de universidades públicas.

Fundamental
- Pelo cronograma do projeto Educação Digital, assim que for concluída a entrega de tablets para as escolas do ensino médio, terá início a distribuição para os estabelecimentos do ensino fundamental que oferecem os anos finais e a seguir para os anos iniciais. Foram pré-requisitos para definir por onde começar a distribuição de tablets: ser escola urbana de ensino médio, ter internet banda larga, laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) e rede sem fio (wi-fi).

Conforme o ministro da Educação, com a entrega de novas tecnologias da informação, professores e escolas públicas vão poder combinar esses instrumentos com as demais mídias. Ele citou o Portal do Professor, que é um dos espaços mais consultados pela categoria e que ainda pode e deve ser ampliado. Hoje, disse, estão disponíveis no portal 15 mil aulas criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC. Mercadante anunciou que vai lançar editais e constituir um comitê nacional para selecionar e recomendar as melhores aulas que estarão disponíveis para todos os professores.