sexta-feira, 26 de abril de 2013

Remessas de lucros somam US$ 20 bilhões


  O total das remessas para o exterior somou US$ 20,596 bilhões no primeiro trimestre, o que representa mais de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram enviados US$ 15,174 bilhões, segundo números divulgados na quarta-feira (24) pelo Banco Central.
A principal razão para esse estúpido crescimento de envio de recursos para o exterior, nos três primeiros meses do ano, foi o aumento das remessas oficiais de lucros e dividendos das filiais das multinacionais, que dobraram de US$ 3,474 bilhões no primeiro trimestre de 2012 para US$ 6,974 bilhões.
O chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel, atribuiu a uma suposta retomada do crescimento da economia brasileira para o aumento das remessas de lucros para o exterior. Como a economia continua patinando, a explicação para o envio de fabulosos recursos para o exterior encontra-se no contínuo processo de desnacionalização da economia, que bate recorde a cada ano. Em 2012, nada menos que 296 empresas brasileiras passaram para o controle estrangeiro, batendo as 208 empresas desnacionalizadas em 2011 e as 175 no ano anterior.
Em suma: quanto maior a desnacionalização maior as remessas de lucros. Tanto assim que o BC estima em US$ 95 bilhões o total de remessas para este ano, ante US$ 76,492 enviadas no ano passado.
Esse processo de desnacionalização implica em aumento de importações, principalmente de bens intermediários – componentes – para montagem internamente do produto final. Ao apresentar os dados do setor externo, Maciel ressaltou que não foram só as importações de combustíveis que cresceram: “As compras de bens intermediários também mostram crescimento”.
Assim, na comparação dos primeiros trimestres de 2012 e 2013, enquanto as importações cresceram de US$ 52,659 bilhões para US$ 55,992 bilhões, as exportações diminuíram de US$ 55,080 bilhões para US$ 50,837 bilhões. O que significa que nessa base de comparação a balança comercial passou de um superávit de US$ 2,420 bilhões para um déficit de US$ 5,156 bilhões.
Remessas em alta e diminuição do saldo da balança comercial não poderia dar em outra coisa: aumento no rombo nas contas externas. No período, as transações correntes (balança comercial, serviços e renda e transferências unilaterais) fecharam o primeiro trimestre do ano passado com déficit de US$ 12,061 bilhões e neste ano, com saldo negativo de US$ 24,858 bilhões.
Não se pode fugir à constatação de que o baixo desempenho da economia está estreitamente associado à crescente desnacionalização da economia. As filiais das multinacionais seguem a lógica de mínimo investimento para que sobre mais dinheiro para enviar para suas matrizes. Portanto, a retomada do crescimento passa pelo aumento crescente do investimento público. E o governo insiste nas desonerações, que tem servido principalmente para abarrotar os cofres das multinacionais. E tome aumento das remessas de lucros.
VALDO ALBUQUERQUE

sábado, 20 de abril de 2013

Senado aprova Estatuto da Juventude e garante meia-entrada a estudantes

Estarão reservados 40% dos ingressos para estudantes e jovens que comprovem baixa renda em qualquer evento cultural ou esportivo no Brasil, afirma o texto aprovado
Foi aprovado em Plenário do Senado Federal na noite da última terça-feira (16) o Estatuto da Juventude, projeto que assegura à população com faixa etária de 15 a 29 anos – cerca de 52 milhões de brasileiros – acesso a educação, profissionalização, trabalho, renda e cultura.
Uma das principais conquistas do estatuto é a regulamentação do direito à meia-entrada. Segundo o documento, estarão reservados 40% dos ingressos para estudantes e jovens que comprovem baixa renda em qualquer evento cultural ou esportivo no Brasil. A emissão das carteiras estudantis também foi regulada. Sendo destinada exclusivamente às entidades estudantis – UNE, UBES e entidades estaduais e municipais a elas filiadas.
Instrumento histórico para acesso à cultura, esporte e lazer, o benefício não possuía regulação nacional, fazendo com que o direito não fosse válido em diversos estados e municípios do país que não possuem legislação própria.
A emenda que garantiu a cota de 40%, de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), foi incorporada no projeto final e levado a Plenário. Para a senadora, essa é uma conquista de todos os jovens com o novo estatuto, pois ele traz uma série de benefícios. E agradeceu o apoio de todos: “Quero dedicar esse resultado a todos os trabalhadores de cultura e agradecer a ministra (da Cultura) Marta Suplicy, que foi fundamental para essa votação”, declarou Ana Amélia.
“Há muitos anos tramita no Congresso Nacional o Estatuto da Juventude, que reúne uma série de direitos para a juventude brasileira. A síntese desse projeto que hoje foi aprovado quase por unanimidade no Plenário do Senado foi fruto de muitas discussões, e teve importantes vitórias como a regulamentação do direito à meia-entrada com padronização das carteiras e garantia de reserva de 40% nas bilheterias”, comemorou Michelle Bressan, secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Para a deputada Manuela D’ Ávila, autora do projeto, a aprovação é uma vitória. “Garantiremos a ampliação de direitos dos jovens, desde o Ensino Médio até a pós-graduação, nas áreas da Educação, Saúde e Habitação. Temos de assegurar isso em lei, independentemente de governos”, disse.
“Conversamos muito, dialogamos muito, buscamos uma construção que representasse a vontade da maioria”, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do substitutivo levado à votação em Plenário.
Com a presença das entidades estudantis, lideranças jovens de quase todos os partidos e artistas como a atriz Beatriz Segall e Odilon Wagner, o documento foi aprovada por unanimidade. O único a se pronunciar contra o projeto foi o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Depois da votação, os estudantes se reuniram em torno da Mesa, levando o presidente do Senado, Renan Calheiros, a suspender a sessão para a confraternização. Ao encerrar a sessão, Renan classificou o dia como “histórico”.
O Estatuto prevê ainda uma série de benefícios, como educação de qualidade, 50% de desconto no valor das passagens de transportes intermunicipais e interestaduais para jovens de baixa renda, inclusão digital, a profissionalização e a inclusão no mercado de trabalho.
O estatuto ainda precisa ser apreciado pela Câmara dos Deputados, onde havia sido aprovado em 2011. Como passou por alterações no Senado, o texto deverá voltar para a Casa de origem. Na Câmara, o Estatuto deve voltar às mãos de sua autora, a deputada Manuela D’Ávila.
fonte: www.horadopovo.com.br

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Morrissey: ‘Thatcher era um terror, sem um átomo de humanidade’


Morrissey: ‘Thatcher era um terror, sem um átomo de humanidade’
    Em artigo divulgado pelo site “The Daily Beast”, Morrissey, ex-vocalista da banda inglesa “The Smiths”, traça um perfil preciso e sucinto da Dama de Ferro, a quem já havia dedicado, em 1988, a canção “Margaret na Guilhotina”.

  “Thatcher é lembrada como a Dama de Ferro só porque ela possuía apenas traços negativos, como uma teimosia persistente e a determinação em se recusar a ouvir os outros.
  Todas as ações dela eram carregadas de negatividade; ela destruiu a indústria de manufatura britânica; ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os combatentes da liberdade irlandeses e permitia que morressem, ela odiava os britânicos pobres e nunca fez algo para ajudá-los, ela odiava o Greenpeace e protecionistas ambientais, ela foi a única líder política europeia que se opôs ao banimento do comércio de marfim, ela não tinha bom senso ou calor humano e até seu próprio Gabinete a expulsou. Ela deu a ordem para explodir o Belgrano, mesmo que ele estivesse fora da zona de exclusão das Malvinas – e estava navegando para LONGE das ilhas! Enquanto jovens argentinos a bordo do Belgrano sofriam uma morte injusta e terrível, Thatcher fazia um sinal com o polegar para cima para a imprensa britânica.
  Ferro? Não. Selvagem? Sim. Ela odiou as feministas mesmo quando foi graças ao progresso do movimento feminino que os britânicos tenham aceitado uma primeira-ministra que fosse mulher. Por causa de Thatcher, nunca mais haverá uma mulher no poder na política britânica e, em vez de abrir esta porta para outras mulheres, ela a fechou.
  Thatcher será lembrada com carinho por sentimen-talistas que não sofreram sob a liderança dela, mas a maioria da classe operária britânica já a esqueceu e o povo argentino celebra a morte dela. Para que fique registrado: Thatcher era um terror sem um átomo de humanidade.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Acre decreta emergência e pede ajuda para imigrantes haitianos

Eles passam fome, não possuem condições de higiene, e nem mesmo acesso à rede de saúde. Ao menos 120 mulheres imigrantes estão grávidas
"Estou falando de pretos e de pobres. Para negros haitianos quem
dá importância?”, indagou o senador Jorge Viana (PT), na tribuna do Senado nesta terça-feira (9) para falar da situação dos refugiados estrangeiros no Acre. E ainda disse “Falo de pobres, de miseráveis. Talvez, isso não desperte o interesse das pessoas que estão confortavelmente na corte de Brasília”. Mais de 1300 imigrantes, em sua grande maioria haitianos se encontram em situação degradante na cidade de Brasileia, fronteira do Acre com a Bolívia.
Os imigrantes que se amontoam em um salão e nas praças da pequena cidade (de cerca de 13000 habitantes), estão a mingua. Eles passam fome, não possuem condições de higiene, nem acesso à rede de saúde. Ao menos 120 mulheres imigrantes estão grávidas.
Tamanha a gravidade da situação, que o governo do Acre decretou estado de emergência social nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia. Segundo o governador do Acre, Tião Viana (PT), o decreto instituindo o estado de emergência social foi à alternativa encontrada para alertar o governo federal sobre o fluxo crescente de imigrantes que diariamente atravessam a fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru.
Tião Viana criticou a falta de ação do Ministério das Relações Exteriores no caso. Segundo ele, vários foram os pedidos de ajuda ao ministro Antônio Patriota, mas até o momento o problema persiste. Para o governador, o ministério está sendo “insensível”.
O senador Jorge Viana reiterou que apesar da presidente Dilma Rousseff estar prestando apoio ao governo do Acre, é preciso fazer mais.
Segundo ele, é preciso ampliar agora a presença do governo federal no Acre. “Hoje, há 1,3 mil haitianos, nigerianos, senegaleses e pessoas da República Dominicana no Acre, em Brasiléia”, discursou. “Dez por cento da população de Brasileia são estrangeiros sem documentos. Então, é uma situação da maior gravidade”.
REGULARIZAÇÃO
O tema foi discutido em reunião, na última quarta-feira (10), em Brasília entre os ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, do Trabalho, do Desenvolvimento Social e da Casa Civil e representantes da Polícia Federal.
A Polícia Federal no Acre iniciará um processo para regularização dos haitianos e outros estrangeiros que atravessaram aquela região da fronteira. Segundo Marcelo Sálvio Rezende, superintendente da PF no Acre, já foi instalado um posto de atendimento em Epitaciolândia, cidade vizinha a Brasileia, para atender aos imigrantes abrigados na cidade.
Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que foi decidido na reunião que o Ministério do Trabalho enviará profissionais ao estado para acelerar a emissão de carteiras de profissionais. Ele explicou que esse documento só pode ser concedido depois que a Polícia Federal entrega ao imigrante o protocolo de abertura do processo de legalização de sua permanência no país.
Já o Ministério do Desenvolvimento Social apoiará o governo acriano no repasse de recursos e com outras formas de ajuda que permitam o fornecimento de três refeições por dia aos imigrantes abrigados em Brasileia.
O Ministério da Saúde comprometeu-se em colocar à disposição do governo estadual profissionais para reforçar os cuidados médicos aos imigrantes. Segundo Cardozo, os profissionais, além de cuidados médicos, desenvolverão ações de controle epidemiológico entre os imigrantes.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão, segundo o secretário, a situação dos imigrantes se agravou nos últimos meses por conta da falta de ação da PF. “Eles vinham, e seguiam viagem”, relembrou. “A Polícia Federal alegando outras atribuições, reduziu o atendimento para apenas 10 imigrantes por dia. Então eles foram ficando retidos. E ao mesmo tempo, o número de pessoas aumentou, chegando a uma média de 50 imigrantes por dia” destacou o secretário.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o governo passará a atuar em parceria com as autoridades do Peru e do Equador na busca de soluções para a questão.
CHEGADA
Há cerca de dois anos, em decorrência do terremoto que atingiu o Haiti e matou 200 mil pessoas, se iniciou um aumento da quantidade de imigrantes haitianos que vinham para o Brasil e pediam asilo por conta da tragédia.
O governo brasileiro chegou a tomar a decisão de restringir a emissão de vistos para haitianos a apenas 100 deles por mês. Enquanto que incentivava a vinda de imigrantes de outras nacionalidades. Os imigrantes que não possuíam visto, permaneciam na região, passando por necessidades. A crise se agravou e o governo brasileiro recuou da medida.
www.horadopovo.com.br

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Recomendo a leitura do artigo do Delfim Neto (Carta Capital)


Os vendedores de vento
DELFIM NETTO
 
Não há nenhuma razão para imaginar que a elevação do juro real, hoje, vá produzir alguma modificação importante na taxa de inflação ou na sua expectativa. O que existe é um estado de excitação provocado pelos “vendedores de vento”, intermediários da pura especulação financeira, ora espremidos pela baixa do juro e desesperadamente necessitados de uma alta da Selic.
Não são agentes de financiamento da produção, pois vivem de comprar e vender papéis da riqueza imaginária representada pelos famosos derivativos cáusticos, em transações cada vez mais complicadas, com a baixa dos juros.
Alguns desses “investidores financeiros” estão à beira do pânico. Eles precisam “vender” para a sociedade a ideia de que somente a elevação dos juros poderá evitar o crescimento da inflação. Pretendem, na realidade, receber antecipadamente as comissões relativas às aplicações dos incautos que pensam estar construindo uma poupança para reforçar a aposentadoria, mas em lugar disso estão empobrecendo.
Ninguém sabe se agora é o momento apropriado para mexer nos juros nem quando será. A ata da mais recente reunião do Copom fala de incertezas “remanescentes” e recomenda explicitamente a administração “com cautela” da política monetária. Acredito que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tenha razões muito seguras para também pedir cautela no trato da questão dos juros. Na verdade, usa-se mais uma vez o axioma do também famoso economista Brainard, que diz o seguinte: “Quando você não sabe muito bem o que está fazendo, por favor, faça devagar”!
O grau de incertezas está refletido no parágrafo 28 da referida ata: “Embora a dinâmica inflacionária possa não representar um fenômeno temporário, mas uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado, o Comitê pondera que incertezas remanescentes (de origem externa e interna) cercam o cenário prospectivo e recomendam que a política monetária deva ser administrada com cautela”.
O Banco Central tem razão ao recomendar cautela e notar a existência de muita incerteza. Há mais incertezas ainda capazes, se verificadas, de levar a uma redução da taxa de inflação e não a pressões de alta. É uma constatação evidente de que o aumento da safra agrícola, hoje em fase de colheita, terá consequências importantes no combate à inflação. No momento sofremos ainda os efeitos do choque de oferta produzido pela queda da produção agrícola no ano passado, a ser corrigida provavelmente com a maior oferta da safra 2012-2013.
Acresça-se a esse cenário o fato de os preços de nossas importações virem a pressionar menos os preços internos, não apenas por darem sinais de ter entrado em um período mais calmo, mas também porque a depreciação do real será menor. Os preços externos estão relativamente estáveis, em alguns casos até declinantes. A taxa de câmbio nominal não subiu como no ano passado e provavelmente ficará estável durante 2013. São fatores a favor da redução das tensões inflacionárias. Houve ainda a desoneração na tributação de importantes setores da produção e tudo isso embute a possibilidade de uma redução do ritmo da inflação.
Por outro lado, tem servido de estímulo às pressões altistas a frase do Copom, “eventualmente a taxa de inflação pode ter mudado de patamar”. Eventualmente, se mudou o patamar, o Banco Central observará o cenário de abril e, depois em maio, caso seja verdade, o Comitê, mais uma vez eventualmente poderá ter de corrigir os juros. Se não acontecer, não será preciso mexer, mesmo porque é provável a taxa de inflação se reduzir um pouco no segundo semestre em relação ao primeiro.
O grande drama disso é aceitar o cabo de guerra com os vendedores de vento. Caso ceda e comece a corrigir os juros já, quando se verificarem os fatos acima mencionados, todos sem relação com a alta dos juros, as pessoas dirão: “Está vendo, foi porque subiu o juro que a inflação baixou”. Será uma mistificação a mais nesse processo.
Por isso, Alexandre Tombini tem toda razão ao dizer que hoje, fundamentalmente, nós precisamos de bastante cautela. É necessário observar com tranquilidade os fatos, seja qual for a situação neste semestre. E acompanhar objetivamente o cenário até verificarmos se se trata de um fenômeno passageiro a ser superado no segundo semestre ou se houve uma mudança no comportamento da inflação, que exige tratamento completamente diferente.
Reproduzido da revista Carta Capital

Mísseis dos EUA assassinam 11 crianças no Afeganistão

O ataque aéreo desfechado pelos invasores matou 11 crianças e uma mulher e deixou outras seis mulheres feridas. A destruição de uma casa, que desabou sobre os moradores causou o morticínio
Apopulação do distrito de Shigal, na província de Kunar, saiu às ruas entoando palavras de ordem contra as forças de ocupação comandadas pelo exército dos EUA, depois que no domingo correu a notícia da morte de 11 crianças e uma mulher, após ataque com mísseis que atingiu casas no povoado. Além disso, mais seis mulheres ficaram feridas.
"As crianças tinham entre um e oito anos", diz o líder local, Wasifullah Wasifi .
Os agressores justificaram o bombardeio com a desculpa rotineira de que o bombardeio aéreo foi perpetrado com o objetivo de apoiar uma operação militar terrestre contra os insurgentes do Talibã na região.
Os EUA invadiram o Afeganistão em 2001 com o pretexto de restaurar a democracia, entretanto, as matanças, o descontrole no país e a ingerência têm se mantido no Afeganistão com a conivência do governo de Karzai, marionete empossada pelos invasores. Nos bombardeios, supostamente à caça de guerrilheiros, os civis se converteram em alvos das forças estrangeiras, que se justifica alegando que os mortos eram usados como "escudos" humanos, ou não haviam detectado sua presença no local onde caíram bombas.
Esses civis assassinados, muitos deles crianças, não são uma questão acidental na invasão do Afeganistão iniciada pelo Pentágono na chamada "Operação Liberdade Duradoura". Em 2011 morreram mais de 3.000 civis, e em 2012 os assassinados superaram mais de 2700. Neste mês, Nilab Mobarez, porta-voz da missão da ONU para a Assistência no Afeganistão (UNAMA por suas siglas em inglês), reconheceu que durante 2013 o número de mortos causados pela invasão aumentou em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.
No mesmo dia, a explosão de um carro-bomba matou três soldados norte-americanos e um funcionário da embaixada dos ocupantes do Afeganistão. A emboscada dos guerrilheiros foi na província de Zabul.
Outros quatro funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos foram feridos na explosão. O governador provincial-fantoche a serviço dos invasores, Mohammad Ashraf Nasery estava no comboio e escapou por pouco.
Até o presidente preposto dos norte-americanos, Hamid Karzai, sentiu-se acossado pela revolta popular diante das frequentes chacinas perpetradas pelos invasores e teve que supostamente condenar seus amos por instaurarem "a insegurança e instabilidade" no país.
Já o comando dos ocupantes tem se referido aos crimes para manter a ocupação aterrorizando os afegãos denominando as mortes de "dano colateral". No entanto, conforme observa o colunista do site Antiwar.com, Jason Ditz, essas matanças acabam tendo um efeito oposto, elevando o apoio aos guerrilheiros no seio da população afegã. O professor Lawrence Davidson, de História do Oriente Médio, na Universidade de West Chester, declarou que entre os norte-americanos a opinião predominante é que "essa guerra que já se estende por 11 anos é impossível de vencer".
Em declaração reproduzida no site Rússia Today, o ativista David Swanson condena a imprensa dos EUA pela falta de consciência dos norte-americanos sobre a verdadeira face da guerra no Afeganistão. Para Swanson, "é uma matança unilateral de pessoas indefesas".
SUSANA SANTOS

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Passagem de ônibus a 1 real para estudantes de Rio Branco

Amanhã será o lançamento oficial da passagem de ônibus a 1 real para os estudantes e a entrega dos ônibus sanfonados e os alongados.

Data: 02 de abril de 2013 (terça-feira)

Horário: 11:00

Local: Coreto da Praça da Revolução