segunda-feira, 15 de abril de 2013

Morrissey: ‘Thatcher era um terror, sem um átomo de humanidade’


Morrissey: ‘Thatcher era um terror, sem um átomo de humanidade’
    Em artigo divulgado pelo site “The Daily Beast”, Morrissey, ex-vocalista da banda inglesa “The Smiths”, traça um perfil preciso e sucinto da Dama de Ferro, a quem já havia dedicado, em 1988, a canção “Margaret na Guilhotina”.

  “Thatcher é lembrada como a Dama de Ferro só porque ela possuía apenas traços negativos, como uma teimosia persistente e a determinação em se recusar a ouvir os outros.
  Todas as ações dela eram carregadas de negatividade; ela destruiu a indústria de manufatura britânica; ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os combatentes da liberdade irlandeses e permitia que morressem, ela odiava os britânicos pobres e nunca fez algo para ajudá-los, ela odiava o Greenpeace e protecionistas ambientais, ela foi a única líder política europeia que se opôs ao banimento do comércio de marfim, ela não tinha bom senso ou calor humano e até seu próprio Gabinete a expulsou. Ela deu a ordem para explodir o Belgrano, mesmo que ele estivesse fora da zona de exclusão das Malvinas – e estava navegando para LONGE das ilhas! Enquanto jovens argentinos a bordo do Belgrano sofriam uma morte injusta e terrível, Thatcher fazia um sinal com o polegar para cima para a imprensa britânica.
  Ferro? Não. Selvagem? Sim. Ela odiou as feministas mesmo quando foi graças ao progresso do movimento feminino que os britânicos tenham aceitado uma primeira-ministra que fosse mulher. Por causa de Thatcher, nunca mais haverá uma mulher no poder na política britânica e, em vez de abrir esta porta para outras mulheres, ela a fechou.
  Thatcher será lembrada com carinho por sentimen-talistas que não sofreram sob a liderança dela, mas a maioria da classe operária britânica já a esqueceu e o povo argentino celebra a morte dela. Para que fique registrado: Thatcher era um terror sem um átomo de humanidade.

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