O informe sobre as nações latino-americanas realizado
pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)
assinalou que a Venezuela é o país com menor desigualdade entre ricos e
pobres da América Latina.
O informe, divulgado no Rio de Janeiro na terça-feira
(21), informou que com base no índice de Gini a Venezuela e depois o Uruguai
são os países menos desiguais da região. "A Venezuela, com 0,41 no índice de
Gini, é o de menor iniquidade", indica o informe.
O índice, que mede a desigualdade na distribuição da
renda em 187 países, varia de 0 a 1 – e a sociedade é menos desigual quanto
mais ele se aproxima de zero.
Nesses países, a diferença de recursos entre o 20% mais
rico e o mais pobre não supera 10 vezes, enquanto a média da América Latina
é: "os 20% da população mais rica têm uma média de recursos per capita quase
20 vezes superior ao dos 20% das pessoas mais pobres".
O governo venezuelano, presidido por Hugo Chávez, tem
como uma de suas metas principais a redução da pobreza extrema e a inclusão
social, objetivos que vem alcançando, segundo as cifras oficiais, graças a
criação de emprego, aumentos salariais, melhorias na educação e a saúde e
aos programas sociais que desenvolve para as populações mais vulneráveis.
Antes de Chávez assumir, em 1998, o mesmo índice, na Venezuela, era 0,495,
portanto era um país que apresentava maior desigualdade que México, Uruguai,
Guiana e Costa Rica.
Em contrapartida, entre os mais desiguais encontra-se o
Brasil que, apesar da redução da pobreza nos últimos anos, situa-se atrás
apenas de Guatemala, Honduras e Colômbia, de acordo com relatório.
O índice é parcial e não cobre todos os países. Cuba, que
é na verdade o mais desigual entre os latino-americanos, por seu sistema
socialista, não é avaliado pela ONU.
Fonte HP