terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ataque a consulado desmonta operações da CIA na Líbia, reconhece New York Times

O ataque contra o consulado dos EUA em Benghazi, em que foi morto o embaixador Chris Stevens, desmontou a estrutura da CIA na Líbia, revelou o “New York Times”. “É uma perda catastrófica”, afirmou uma fonte ao NYT. “Fecharam nossos olhos”.
O jornal dos EUA assinalou que “o tamanho da missão americana em Benghazi surpreendeu alguns dirigentes do país norte-africano. O vice-premier, Mustafa Abushagour, foi citado pelo “Wall Street Journal” na semana passada dizendo que soube de algumas delicadas operações americanas em Benghazi só depois do ataque contra o consulado. Isto, em grande parte, por causa do número notável de americanos que apareceu no aeroporto da cidade para irem embora”.
No dia seguinte ao ataque, o “El País” espanhol, compilando jornais norte-americanos, chegou ao número de 37 norte-americanos retirados do consulado e anexos, depois de “12 horas de batalha”. O ataque começara “às sete da tarde” e “amanhecia em Benghazi, eram sete da manhã, quando os sobreviventes chegaram ao aeroporto e abandonaram, junto com os caídos, a cidade”.
Conforme o NYT, entre os retirados às pressas de Benghazi após o ataque ao consulado “estão dez agentes e contratados da CIA, que desempenhavam um papel crucial de vigilância e compilação de informações sobre o amplo número de grupos armados ao redor da cidade”.
Ainda segundo o jornal, as operações da CIA incluíam “busca por armas roubadas de arsenais das forças de Kadafi”, “esforços para pôr em segurança as armas químicas no país” e o “treinamento de novos serviços de inteligência da Líbia”, como explicado por “funcionários do governo de Washington”. Ao que tudo indica, esses “dez” do NYT estão altamente subavaliados. Informa o jornal que os agentes ocupavam dois dos quatro prédios do anexo a menos de um quilômetro do consulado.
No dia do ataque, um ministro fantoche atribuiu a ação a “remanescentes de Kadafi” e um militar capacho, que participou do resgate dos espiões acossados, garantiu que os tiros de morteiro dados contra a expedição e contra o prédio do anexo não era de “revolucionários comuns”, isto é, de fantoches, mas de gente com capacitação militar. O Pentágono admitiu tratar-se de um “ataque complexo”. Posteriormente, foi engendrada a explicação de que seriam “milícias islâmicas extremistas”, versão mais palatável aos capachos e a Washington. O consulado já havia sido atacado com granadas em junho. 
www.horadopovo.com.br
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário